Letra & Música: Graça Melo
“A mata inteira fica muda ao seu cantar,
tudo se cala para ouvir sua canção…
E vai ao Céu como uma sentida melodia,
vai a Deus em forma triste de oração…”
Uirapuru, ô uirapuru…
seresteiro, cantador do meu sertão…
Uirapuru, ô, uirapuru,
desencanta as mágoas do meu coração…
Se Deus ouvisse o que te sai do coração,
entenderia que é de dor minha canção…
E dos seus olhos tanto pranto rolaria,
que daria pra salvar o meu sertão!
Uirapuru, ô uirapuru…”
(Uirapuru, Jacobina e Murillo Latini)
“Nego d’Água”, “Romãozinho”,
“Vapor Encantado”, “Minhocão”,
“Iati”, que chorou e fez cascata,
escorrendo pelo chapadão…
As lendas do Velho Chico
são cultura e história;
no imaginário do ribeirinho,
é riqueza e memória…
Oiá, vem ouvir,
vem ouvir o ribeirinho,
suas lendas nunca morrem,
de geração a geração….
Oiá, vem ouvir,
vem ouvir essa toada,
que para a lenda abre alas,
no compasso da canção… BIS
A “Mãe d’Água”, linda sereia,
a “Lenda do Sono”, o “Surubim Beijador”,
a da “Serpente da Ilha do Fogo”
e a do vaqueiro “Gritador”…
As lendas do Velho Chico
são cultura e história;
no imaginário do ribeirinho,
é riqueza e memória…
Oiá, vem ouvir…